segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

#14 | A NOITE DOS DESESPERADOS | 1969


Quando foi citado na série?
O filme foi citado no sétimo episódio da terceira temporada. Aliás, não é uma breve citação, e sim, uma homenagem já que todo o episódio é construído com base no filme de 69. Só pra recordar: é o episódio em que toda Stars Hollow participa de um louco concurso de dança que dura 24 horas. No episódio, a 'maratona' é tida como um concurso anula e tradicional da cidade, mas esse é o único episódio em que acontece a maratona. 

E, sim, esse é um dos melhores episódios de toda a série.

O filme:
Só tem gente cansada nas fotos de divulgação...

O filme é ambientado na grande depressão americana, na década de 30. Ou seja, todo mundo muito louco por dinheiro e emprego (Brasil, 2019). Uma grande empresa, aproveitando o momento, decide criar um concurso de dança onde o último casal que sobrar, ganha. Diferente de "Gilmore Girls", no filme, o concurso dura mais de 1.600 horas. Portanto, são mais de 40 dias... DANÇANDO! Já imaginou? Quarenta dias dançando igual um condenado? E tudo isso pra ganhar 1.500 dólares (o que na época deve ser uma pequena fortuna, de fato).

Eu disse cansados? Quis dizer, MORTOS!

Pontos positivos:

Dois pontos: Jane Fonda e Sidney Pollack.

Coisa linda que faz farofa e filme cult desde sempre...

Esse foi o primeiro filme que deu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz a Jane Fonda. E que atuação! Jane Fonda havia acabado de lançar o trash cult "Barbarella" e ela está simplesmente incrível em "A Noite dos Desesperados" no papel de Gloria. A personagem é triste, desapegado e não possui nenhuma esperança em absolutamente nada - e Jane Fonda consegue transparecer isso no olhar, nos gestos... Em absolutamente tudo. E se eu ragar um pouco mais de seda elogiando essa atuação, vai parecer que eu estou "forçando a barra", então, é isso.

Sidney Pollack faleceu em 2008. É um ator e diretor americano que participou e realizou grandes obras. Como diretor, vi apenas o filme "Entre Dois Amores" (é aquele com a Meryl Streep que fica dividida entre alguém e Robert Redford, na África). Nunca prestei muita atenção nele como diretor e acho "Entre Dois Amores" um verdadeiro porre. Entretanto, a sua direção em "A Noite dos Desesperados" é um ponto que merece ser destacado. Nas cenas de dança, ou onde os participantes precisam correr ao redor da pista, é nítido o bom trabalho do diretor já que as cenas conseguem passar uma agonia sem fim. Aliás, ver Jane Fonda correndo, extremamente cansada e sem força nenhuma, é de uma agonia sem tamanho. Toda a força do filme está nessas cenas e na cena final.

Só de olhar essa imagem você já sabe que o filme boring, não é????

Pontos negativos:

O personagem principal masculino, interpretado por Michael Scharrazin, possui algumas flashbacks que eu não entendi. Não sei se era pra dar profundidade ao personagem ou algo assim, mas eu realmente não entendi. Pelo menos, as cenas de flashbacks são bem curtinhas.

Jane carregando o filme nas costas, como sempre

O final também é um pouco apressado. Tem força, é interessante e vai na contramão do que o espectador espera, mas poderia ser mais "grandioso". Digamos que não tem um clímax legal.

Estranhamente, é um filme que seria interessante se tivesse um remake. Dava pra pensar em 1001 coisas bem legais no filme. E a ideia de fazer todo um episódio baseado nesse filme é uma sacada de mestre da Amy.

Por que Lorelai mãe e Lorelai filha gostam?

Impossível não se apaixonar por um filme com um enredo desses!

Só assistindo pra saber o quão icônico é esse episódio....

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

#13 | SHOW BAR | 2000


Quando foi citado na série?
No décimo primeiro episódio da segunda temporada (Lorelai conversa com a Sookie sobre o empréstimo bancário que tentou fazer e devida a negação do banco diz que talvez "abriria uma barraca de limonada estilo Coyote Ugly", ou seja, ela iria dançar em cima do balcão para conseguir vender as limonadas e ganhar dinheiro). Já a segunda citação rolou no décimo nono da quinta temporada (Lorelai relembra uma vez em que dançou bêbada em um bar igualzinho acontece no filme).

O filme:


Vou ser o mais sucinto possível: Violet (Piper Perabo) é uma garçonete que mora em uma pequena cidade. No seu aniversário de 20 aninhos, decide que tá na hora de ir pra cidade grande (alô, Nova Iorque!) tentar a vida. Só que não é simplesmente tentar não, tá? Violet quer ser compositora. Na verdade, cantora... mas, como ela tem medo de palco, acaba se contentando com o título de compositora mesmo. Chegando em Nova Iorque, Violet quebra a cara e não realiza o seu sonho (kkk) e vira garçonete de um bar onde as garçonetes dançam (mas tudo no maior respeito, flw).


Pontos positivos:

Primeiro, vamos falar do par romântico da Piper Perabo no filme? Vamos!


Sim, amigos... Adam Garcia é uma beleznha de tão lindo e pra felicidade da nação, continua lindo até hoje.


"Show Bar" foi o segundo o filme do ator no cinema. E após o filme, até que o ator conseguiu emplacar alguns sucessos de público (se assim podemos dizer). Adam esteve em "Os Garotos da Minha Vida" com Drew Barrymore, em "Canguru Jack" (onde ele era o... Canguru, hahaha), em "Confissões de Adolescente" com Lindsay Lohan e "Fascination" com Jacqueline Bisset. A partir de 2005, Adam se enveredou pra TV e não saiu mais. De acordo com o IMDb, sua última participação no cinema foi na última adaptação de "Assassinato no Expresso do Oriente". Seria um ótimo comeback se o personagem do ator não fosse creditado apenas como "Italian Fan". Ou seja, uma rápida participação. Aparentemente, Adam tem uma carreira consolidada no teatro.


Outras duas participações que valem comentar: Maria Bello e Tyra Banks. Fiquei o filme inteiro encarando a Maria Bello e me perguntando se era realmente a Maria Bello. Apesar de ter papéis bem duvidosos no currículo (ALÔ LIFETIME MOVIE, TUDO BEM?), Maria Bello é o que chamamos de: ótima atriz. "Marcas da Violência" pode atestar isso sem nenhum problema.

AÔOOO POTÊNCIAAAAA

Já Tyra Banks é aquela coisa: colocaram ali só pra fazer marketing. Tyra aparece em três cenas do filme e tem duas falas. Ainda sim, fizeram questão de fazer até pôster com ela no centro em vez da protagonista. Seria mais bacana se ela tivesse parado tudo e feito uma eliminatória de "America's Next Top Model". Seria mais dramático e interessante.

Agora chegou a hora de falarmos sobre a cereja do bolo: Piper Perabo. De 2000 a 2005, todo mundo sabia quem era Piper Perabo. A garota conseguia se meter em absolutamente tudo em Hollywood. Ela participou do icônico filme lésbico "Assunto de Meninas" e da quase franquia de sucesso "Doze é Demais" (só não foi franquia de sucesso por que parou no segundo filme), além de ter estrelado o verdadeiro clássico (também lésbico) "Imagine Eu & Você". Piper Perabo foi a Katherine Heigl dos anos 2000. 


Aí eu não sei que diabos aconteceu na carreira da moça e enterrou tudo na TV. Piper estrelou a série "Covert Affairs" e ano passou tentou emplacar "Notorious"que não durou uma temporada. Em todo caso, ela até chegou a participar recentemente de alguns filmes de sucesso como "Looper" (sucesso entre aspas, né?) e "Vírus" (de 2009). Só que no caso de Piper, ela parece realmente ter se afastado de tudo por conta própria mesmo.


"Show Bar" é extremamente clichê, mas é também entretenimento puro e não nega isso em nenhum momento. Tanto que o filme não se leva muito a sério não e nem se prende a extremos como tentar se aprofundar em um drama bobo e sem cabimento (como é esperado). No minuto inicial já dá pra sacar o que vai acontecer no filme todo, mas tudo bem, você aceita. Afinal, um "girlie" movie decente TEM QUE TER a icônica cena das amigas provando N roupas com uma música super nada a ver de fundo, né?


Pontos negativos:

Como encontrar pontos negativos em "Show Bar"? São tantos momentos icônicos (sim, eu tô usando muito a palavra "icônico" pra você entender o quão atemporal e maravilhoso é "Show Bar"), mas nada se iguala ao fato da trilha sonora ser toda da LeAnn  Rimes. E, sim, ela participa cena final (e você fica bem OIE????????????????)


Por que Lorelai mãe e Lorelai filha gostam?

Apenas imagem Lorelai escolhendo o filme:

sexta-feira, 23 de junho de 2017

#12 | THE ROCKY HORROR PICTURE SHOW | 1975


Quando foi citado na série?
Não sei se vou encontrar outra citação da mesma forma, mas "The Rocky Horror Picture Show" foi citado duas vezes e em episódios seguidos (claro que N filmes foram citados mais de uma vez, porém dois episódios seguidos é a primeira vez! rs). Primeiro o filme foi citado no décimo episódio da segunda temporada (o episódio que a cidade encena "Romeu e Julieta") e depois no décimo primeiro, no episódio "The Bracebridge Dinner" (que a Lorelai faz um enorme banquete no hotel). A primeira citação tinha a ver com a uma molécula científica (???) e na segunda citação, Lorelai, faz uma piada envolvendo a roupa apropriada para o jantar.

O filme:

"The Rocky Horror Picture Show", obviamente, vem do teatro e é também uma óbvia homenagem aos fimes B lançados em 1930 até meados da década de 70. Portanto, o filme é trash e nasceu pra ser trash. Não totalmente já que, se analisar, "The Rocky Horror Picture Show" é uma baita produção. O que são as músicas e o elenco? Sensacionais, mas acho melhor deixar pra escrever mais no próximo tópico, certo? Certo.

O filme conta a história de Janet (Susan Sarandon) e Brad (Barry Bostwick) que durante uma tempestade acabam parando em um castelo (???) atrás de ajuda. Eles apenas não contavam que o castelo fosse habitado por um... cientista louco, Dr. Frank N Furter (Tim Curry). O resto... Bem, o resto você já deve imaginar. Ou não, já que "The Rocky Horror Picture Show" consegue surpreender bastante (no quesito roteiro).

Pontos positivos:


Todos? Falar sobre os pontos positivos (e fracos) é realmente difícil. O filme, como musical, é ótimo e entrega performances avassaladoras (sério). O que dizer da cena final com a transformação de Brad e o protagonista, Frank, cantando I'm Going Home? A cena é extremamente bem feita e sensível. "Touch-a Touch-a, Touch-me" já se tornou um clássico, assim como "Sweet Transvestite".

Aliás, o personagem principal, Frank, já se tornou um dos maiores ícones do cinema. Travesti e alienígena, Frank é a descrição de "tudo o que é ruim" que poderia ter na face da terra, porém, no decorrer do filme é que se torna mais humano, além de ter mais empatia, ou seja, consegue criar de fato um laço com o telespectador. É interessante notar que o filme, com a sua embalagem "trash", deve ter feito muita gente pensar, afinal, Frank, o alienígena, poderia ser muito bem aquele seu melhor amigo gay, entende?


Tim Curry não teve uma grande carreira, mas "The Rocky Horror Picutre Show" valeu para mostrar o seu talento. Vale dizer que o filme foi também um dos primeiros trabalhos de Susan Sarandon, ou seja? O filme por si só é icônico de muitas formas!

Outro ponto positivo:

SIM, É EXATAMENTE ISSO O QUE VOCÊ TÁ PENSANDO....

Pontos negativos:

Se alguém tiver, pode citar nos comentários.

Só vou aproveitar esse tópico para comentar a versão que fizeram para a TV em 2016. Não que a nova versão seja ruim, muito pelo contrário, mas é óbvio que não é superior a versão de 1975 já que não tem aquele, digamos, "vigor", sabe? É tudo muito bonito, tudo muito certinho... É apenas uma nova embalagem para uma nova geração? Em todo caso, essa nova versão teve o envolvimento de praticamente todo mundo da versão de 75, ou seja, acabou sendo uma homenagem bacana também.


Laverne Cox, no papel de Frank, não faz feio, assim como Victoria Justice não faz feio no papel defendido por Susan Sarandon. E é isso.

Por que Lorelai mãe e Lorelai filha gostam?

Um travesti alienígena tentando seduzir um casal? Musical? Década de 70? Literalmente, as caras das garotas Gilmore!

Clássico!


quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

#11 | AS PANTERAS: DETONANDO | 2003


Quando é citado na série?
No décimo sexto episódio da quarta temporada. Michel reclama que o filme é exibido na tv a cabo 24 horas por dia (até hoje, não é, Michel?).

O filme:


"As Panteras: Detonando", nada mais é do que a continuação de "As Panteras" lançado três anos antes. O filme também é um remake da série homônima exibida na década de 70 na TV. Recentemente, a própria Drew Barrymore tentou emplacar uma nova empreitada pras espiãs na TV, mas não rolou muito bem. A série não passou da primeira temporada.


Enfim, "As Panteras: Detonando" tem tudo aquilo o que podemos esperar de um filme sobre espionagem. Não sei explicar a história em si, mas quem se importa? São mocinhos lutando contra bandidos e tudo dá certo no final. Tirando os recentes filmes do 007, não há problematização aqui. Muito pelo contrário...

Pontos positivos:


Talvez você não se lembre disso, mas "As Panteras 2" (mais fácil pra digitar, não é, mores?) lançou uma estrela tupiniquim para o estrelato: Rodrigo Santoro. O galã de novelas da Globo fez sua extreia em Hollywood dando uns pegas na Demi Morre, sim! Na verdade, não foi dando uns pegas, mas é o que o filme tenta, ao menos, deixar no ar. Rodrigo, tadinho, ficou famoso à época por entrar e sair mudo em cena já que o personagem do rapaz não tem uma cena sequer. E, em todas as cenas, ele aparece sem camisa (acho que só uma cena que ele aparece totalmente vestido, mas não vem ao caso já que ele tem o quê? Três cenas?). Pode ter sido um mico e Rodrigo pode ter demorado para estourar em Hollywood, mas pelo menos agora ele anda fazendo sucesso com Westworld, não é mesmo?

Essa continuação não é muito diferente do primeiro filme. "As Panteras: Detonando" não está muito preocupado com os furos no roteiro ou com a história em si, aliás, o filme tá pouco se lixando. Tem algumas poucas cenas de ação e uma tonelada de cenas que tentam soar "cômicas", ou seja, fica naquela coisa de ação com comédia que no final é nada com nada. Impressão minha ou nos anos 2000 isso ser uma vertente lucrativa nos cinemas?

DONAS

O diretor, McG, pode não ser dos melhores, mas consegue pelo menos fazer um entretenimento agradável aos olhos. As participações do filme também são icônicas, afinal, temos as Irmãos Olsen em uma ponta mínima de cinco segundos (saudades Irmãs Olsen no cinema, gente!). Demi Moore também é uma participação de luxo. Estranho ver que a carreira dela simplesmente acabou nos 2000. Gente, Demi Moore era o suprassumo na década de 90, né?


A química entre Drew Barrymore, Cameron Diaz e Lucy Liu é invejável, viu? Elas realmente convencem como amigas e faz você se sentir um miserável (ou não). Não sei a Lucy Liu, mas Drew e Cameron são melhores amigas até hoje. De verdade!

As duas AMAM chamar as migas e cair na estrada

Ah, tem também o Matt LeBlanc interpretando o mesmo personagem de "Friends", Joey.


Pontos negativos:


O roteiro, obviamente, é pífio. Na verdade, não é pífio... Apenas não possui uma história interessante, mas também não vejo como um grande problema. Acredito que uma pessoa não vá assistir "As Panteras" esperando uma sobra-prima, certo?

Também não sei se é um ponto negativo, mas o filme não tem Bill Murray. O ator participou do primeiro filme, mas não entrou na continuação devido à uma briga com a Lucy Liu. Eles brigaram tanto no primeiro filme (ele acha ela uma péssima atriz) que ele jurou nunca mais trabalhar com ela novamente. O legal disso é que na continuação tem várias "shades" para Bill.

Os efeitos são um tanto toscos. O filme seria bem bacana se fosse filmado hoje, por exemplo. Claro, os efeitos são toscos hoje, mas na época, era uma maravilha, então... Não tem como apontar como "algo negativo" também, não é?

Por que Lorelai mãe e Lorelai filha gostam?

É um filme divertido. É um filme de garotas. É um filme pra uma sexta a noite com muitos doces.

domingo, 25 de dezembro de 2016

#10 | TRÊS MULHERES, TRÊS AMORES | 1988


Quando é citado na série?
No nono episódio da segunda temporada, "Run Away, Little Boy". Em uma conversa, Paris diz a Miss Patty que a "Mystic Pizza de cidade pequena" esta deixando-a brava. É o episódio em que Paris participa como Romeu em uma peça da escola. É também o último episódio de Tristin (você se lembra do Tristin?).

O filme:


Como o próprio título nacional entrega, é a história de "três mulheres e seus três amores". A personagem de Julia Roberts e Annabeth Gish são irmãs e trabalham em uma pizzaria chamada "Mystic Pizza" (óbvio) com a melhor amiga Jojo, personagem de Lili Taylor. Julia interpreta a desenfreada Daisy e Annabeth interpreta a certinha Kat.

Pontos positivos:


"Mystic Pizza" é a cara dos romances da década de 80. Tem um Q de independência bacana e até possui um empoderamento por parte das protagonistas, ainda mais quando uma delas grita para o namorado "que era os anos 80 e que ela não precisava se casar com ele se não quisesse", óbvio que isso aparece solto e como um ato de rebeldia, mas acaba sendo engraçado e interessante, afinal, as mulheres ainda não tinham "voz" naquela época. Quer dizer, a família ainda era uma imposição considerável (não é?). Se bem que, não que tenha melhorado muita coisa, não é? Em todo caso, em 1988, Cher dominava as paradas (isso pode ser um ponto a ser analisado?). 

Por conta de ser centrado em três mulheres, o filme possui algumas questões bacanas, mas claro que nada é muito trabalhado ou aprofundado, mas para uma comédia romântica de 1988, até que "Três Mulheres, Três Amores" levanta algumas reflexões. Todas as personagens estão em entrelaçadas em relações conflituosas e o "the end" das três é o esperado e não necessariamente o "imposto por Hollywood", sabe?


O filme é praticamente o primeiro filme de Julia Roberts que até então só tinha feito algumas participações na TV e um único filme. É perceptível que a atriz iria estourar: Julia está linda e entrega uma atuação concisa (e lembra bastante a personagem que a tornaria um hit, a Vivian de "Uma Linda Mulher"). O entrosamento entre as três protagonistas também é um destaque ser considerado. No viés dramático, o filme entrega o que todo filme dos anos 80 entrega: problemas com o coração, problemas com homens bonitos e problemas com homens casados e ricos. É basicamente isso.

O filme também possui uma trilha sonora esplêndida como era é de se esperar. E o cabelo de Julia Roberts? Invejável.


Pontos negativos:

Eu não vou procurar pelo em ovo. O filme peca em alguns exageros? Óbvio que sim, mas acredito que o saldo final é bem mais positivo que negativo. Sem contar que, atualmente, e em pleno 2016, existe coisa bem pior por aí (em todos os sentidos). Portanto, o filme é isso e cumpre muitíssimo bem a sua proposta.

Por que Lorelai mãe e Lorelai filha gostam?

É um combo maravilhoso: comédia romântica + Julia Roberts + dramas desnecessários + anos 80 + homens gostosos que só existiam nos anos 80. 


quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

#9 | NOS BASTIDORES DA NOTÍCIA | 1987


Quando é citado na série?
No vigésimo primeiro episódio da terceira temporada, o "Here Comes the Son". Sim, é aquele episódio em que Jess vai visitar o pai na Califórnia. Provavelmente, foi uma tentativa de spin-off para o Jess. De fato, não rolou.

A citação de "Broadcast News" acontece quando Lorelai chama Rory de "minha pequena Holly Hunter", personagem da atriz dentro do filme. Eu realmente não me recordo o contexto exato da cena já que a Rory ainda não está na faculdade, no jornal... Então, eu realmente vou ficar devendo essa contextualização aqui.

Lembrou agora???

O filme:

ISSO É TÃO RORY GILMORE!

"Nos Bastidores da Notícia" é uma dramédia de 1987. Com Holly Hunter, William Hurt e Albert Brooks nos papéis principais, o filme aborda o "famigerado" bastidores de um telejornal. William interpreta um âncora de jornal que nunca fez faculdade, Albert Brooks interpreta um repórter apaixonado pelo trabalho mas que sofre por "não ser bonito o suficiente" e Holly Hunter é a produtora que ama o seu trabalho mais que tudo na vida (o que faz sentido a comparação feita por Lorelai, obviamente).

O filme é dirigido por James L. Brooks. Você pode até não conhecê-lo, mas James L. Brooks é um dos roteiristas responsáveis por "Os Simpsons". O diretor está desde a primeira temporada, em 1989 e segue na série até os dias atuais. Além disso, James fez obras cinematográficas que realmente se tornaram um marco no cinema. "Melhor É Impossível" e "Laços de Ternura", ambas com Jack Nicholson e ganhadores de alguma estatueta do Oscar, são dois grandes sucessos do diretor. Ao todo, James L. Brooks dirigiu apenas seis filmes sendo que o último foi a comédia "Como Você Sabe" com Jack Nicholson (claro!).


Pontos positivos:

O filme é de 1987. Por mais que algumas obras se tornam atemporais e clássicas com o tempo, a maioria apenas torna-se um "filme antigo" devido aos temas tratados ou algo parecido. "Broadcast News", por exemplo, segue um pouco datado devido à sua dinâmica de 'pautar' o universo do jornalismo da década de 80. Serve como registro, mas não caso de estudo, por exemplo... Porém, o mais bacana disso é exatamente isso: retrata uma outra época e torna-se um belo registro da profissão. Para quem é estudante de jornalismo, acaba sendo um tesão ver personagens tão interessantes dentro de um telejornal. Impossível você não ficar animado com toda a situação, como se fosse um vírus extremamente contagioso. O filme é datado nesse sentido, mas isso não é algo explicitamente ruim, entende? As coisas apenas... evoluíram (mesmo que a dinâmica e a síntese seja a mesma - como todo o teor ético dentro do jornalismo que o filme "levemente" trabalha)

O filme funciona como drama. Funciona como comédia. E funciona perfeitamente como romance. Aliás, isso é mais bacana de James L. Brooks, é a sua marca registrada dentro de todos os seus filmes. "Broadcast News" é leve, mas não menos importante. Apenas é divertido e bom na medida certa.

Sim. Holly Hunter chora bastante.

Pontos negativos:


O filme tem um embate entre o novo âncora do jornal e o repórter respeitado dentro da casa. Toca em alguns assuntos interessantes como a importância do jornalismo, do estudo e da checagem de informações. Aliás, estes são os pontos altos do filme, são a parte mais divertida do filme. Logo, o romance acaba se tornando insosso e meio desinteressante, mesmo que tenha também os seus bons momentos. É que o romance simplesmente não agrega em nada. Se caso o filme fosse mais centrado nessa parte jornalística e séria, provavelmente, "Broadcast News" seria um clássico quase que absoluto sobre o assunto, mas pra isso já existe "Network", não é?

Por que Lorelai mãe e Lorelai filha gostam?

É meio óbvio o motivo, né?